Você já reparou o quanto possuímos mais do que o necessário? Mesmo assim, poucas vezes fazemos menção de abrir mão de algumas coisas, mesmo que elas sejam pouco utilizadas.
Isso é resultado do que vemos por todo lado atualmente, onde nos é proposta uma cultura onde o “receber” encontra maior valor.
Somos bombardeados pela mídia e pela sociedade, que identifica necessidades, cria desejos e desperta uma corrida incessante por comprar, obter e possuir.
Na verdade, esse movimento leva a acumulação de produtos que rapidamente perdem o seu valor e geram um novo ciclo de consumo e mais acumulação.
Essa cultura encontra eco até na vida religiosa, onde pessoas têm se aproximado do Evangelho, com foco em benefícios terrenos que Deus possa lhes oferecer.
Atualmente, a busca da sociedade é por receber mais, acumular mais, possuir mais e faz tudo isso, com a intenção de alcançar felicidade.
Porém, o mestre Jesus mostrou outro caminho!
“...lembrando as palavras do próprio Senhor Jesus, que disse: ‘Há maior felicidade em dar do que em receber’ “ (Atos 20.35)
O versículo acima é a única citação de Jesus que não consta nos Evangelhos e traz um grande desafio proposto por Ele para a vida na atualidade.
O Mestre indica um outro caminho, mais elevado e que leva a um nível maior de felicidade: quando decidimos dar ao invés de receber.
É interesse de Deus que aproveitemos muito o nosso dinheiro e bens, pois são bênçãos concedidas por Ele. A Palavra diz que Deus nos provê ricamente para nossa satisfação! (I Timóteo 6:17)
No entanto, é necessário ser sábio para desfrutar adequadamente!
E ao assumir uma postura de doação, desprendimento e divisão, diferente daquela que o ciclo de consumo, posse e acumulação impõe, achamos uma oportunidade de seguir os passos de Jesus.
Por quê?
Ao doar, parecemos com Jesus
Quando tomamos a decisão de abrir mão e nos desprender de algum recurso pelo bem do próximo, nos assemelhamos a Jesus.
Ele é o Doador por excelência! A Palavra afirma em Filipenses 2, que Ele se desprendeu de tudo, se esvaziou da Sua majestade e doou-se até à morte de cruz para abrir um caminho de vida a todos nós!
Onde está o tesouro, está o coração
Outro motivo que Jesus destacou em seus discursos e deve estar sempre em foco é que “Onde está o nosso tesouro, aí estará o nosso coração” (Mateus 6:21).
Ao ter uma postura de desprendimento e doação direcionados pelo coração de Deus, declaramos que Mamom, o dinheiro, não exerce domínio sobre nossas vidas e que estamos acumulando um tesouro maior, de ordem espiritual, nos Céus.
É interessante ver que ao entender as boas-novas de Jesus e reconhecê-lo como o Messias, Zaqueu rapidamente submete à sua vida e seus bens à lógica de Cristo.
Ele pega seus bens amealhados na base da injustiça, na ganância de obter cada vez mais e acumular somente para si e decide doá-los, promovendo justiça àqueles que foram prejudicados por ele e declarando assim que havia um outro Rei atuando em Seu coração! (Lucas 9.8-9)
Em 2 Coríntios 8.1-5, o apóstolo Paulo dá um testemunho do coração doador e desprendido que estava nos irmãos macedônios.
Será que estes possuíam muito? Não, pelo contrário, passavam por severa tribulação (v. 2);
Mesmo assim, eles suplicaram insistentemente para auxiliar os irmãos (v.4) e deram além do que podiam! (v.3)
Assim, os macedônios tornaram-se exemplo da ação de repartir que deve encontrar reflexo em todos os cristãos!
Como praticar?
Doar na causa da obra de Deus
Nós mesmos devemos ser agentes da expansão do Reino de Deus, com testemunho e pregação do Evangelho; porém, também podemos nos desdobrar financeiramente, para que irmãos sejam enviados a outras partes do país e do mundo a anunciar as Boas-Novas, para sustentar as ações da igreja que abençoam a comunidade e mantém a estrutura física do local de reunião em condições adequadas.
Abençoar pessoas necessitadas
Temos o importante papel de ser instrumentos do Senhor para atender as pessoas necessitadas ao redor. Doar roupas em boas condições de uso, auxiliar no pagamento de uma conta ou no suprimento das necessidades básicas são formas de doação que Deus aprova. Tiago, irmão do Senhor, no capítulo 1.27, chega a considerar essas atitudes de cuidado com os necessitados, representados no versículo pelo órfão e a viúva, como a verdadeira religião.
E não se esqueça: a intenção do Senhor não é que saiamos entregando o dinheiro na mão de terceiros, mas acima de tudo que essa generosidade indique a sinceridade do nosso amor a Deus e aos irmãos!
(2 Coríntios 8.7-8)
Eis o desafio: aprender a encontrar mais alegria no ato de dar, repartir e se desprender do que em ajuntar, guardar e se vangloriar.
Desse modo, encontraremos um nível maior de felicidade proposto por Cristo!
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