Para que diversas promessas a respeito do Cristo se concretizassem, foi necessário haver deslocamento, fuga, desconforto e inúmeras mudanças!
Lucas 2 relata que o imperador proclamou um censo, levando José e Maria a se deslocarem até Belém, em meio à gravidez do menino Jesus. Enquanto estavam na cidade natal de José, chegou a hora de Maria dar à luz. Sem local apropriado, abrigaram-se de maneira improvisada e fizeram um abrigo para o bebê numa manjedoura.
Aparentemente, uma solicitação que partiu de um homem ímpio e gerou vários incômodos; mas, na realidade, propósito de Deus para que a profecia relatada em Miquéias 5.2 se cumprisse:
"Mas tu, Belém-Efrata, embora sejas pequena entre os clãs de Judá, de ti virá para mim aquele que será o governante sobre Israel."
Em busca de encontrar o Cristo recém-nascido, os magos visitam Herodes em Jerusalém e perguntam pelo rei dos judeus. Essa pergunta perturba o coração de Herodes (Mateus 2.3), que após aguardar o retorno dos magos (evento este que não acontece por orientação divina), decide matar todas as crianças abaixo de dois anos na região de Belém (Mateus 2.16).
Porém, antes disso, José foi orientado por Deus a fugir ao Egito até a morte de Herodes. Uma fuga repentina e inesperada, mas que trouxe livramento para a criança e permitiu que a Palavra de Oséias 11.1 se cumprisse plenamente: "...Do Egito chamei a meu filho" .
Esse chamado do Pai que outrora não foi ouvido por Israel, finalmente foi atendido pelo Seu Filho amado: após a morte de Herodes, um anjo apareceu a José e o orientou a retornar a Israel com a criança (Mateus 2.20-21).
Ao voltar, não foram à Judéia, com receio do filho de Herodes, que estava no poder; antes, foram para Nazaré na Galiléia, cumprindo assim outra promessa a respeito do Messias: Ele será chamado Nazareno (Mateus 2.23).
Essa história do início da vida de Jesus, cheia de reviravoltas e caminhos aparentemente inconstantes, nos traz uma lição.
Às vezes, desenvolvemos o nosso caminho mental para cumprimento das promessas de Deus e pensamos em algo suave e tranquilo.
Mas na vida do próprio Cristo, não foi assim! Para o cumprimento das profecias dadas ao povo tempos antes, Jesus e sua família enfrentaram um caminho sinuoso e complicado, preenchido com momentos de medo e incerteza.
Por isso, o fato de passarmos por situações assim em nossas vidas, não necessariamente indica que estamos longe das promessas! Pelo contrário, podemos estar no meio do caminho!
Então, não cabe murmurar ou duvidar, mas confiar e seguir na direção proposta pelo Senhor!
Mesmo onde não entendemos, Deus nos guia segundo o Seu bom propósito! Aprendamos a descansar no cuidado dEle, mantendo a promessa viva no nosso coração e os ouvidos espirituais sempre atentos à Sua vontade e direção.
Surgirá vitória onde parece haver só confusão, para a glória do Senhor!
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